quarta-feira, 11 de abril de 2012

Sabe o que descobri hoje na faxina que fiz lá no coração? Achei uma saudade muda, dentro de uma gaveta escura, e quase invisível. Uma saudade parada. Saudade de um amor que não vai voltar. De um amor que eu não quero que volte. Um amor que incomoda por ser tão bom, tão generoso, tão lindo, mas que não deixa de ser complicado. Eu já tenho complicações demais, e não quero mais uma. Uma que é a pior de todas. E agora eu to indecisa. Não sei se limpo a gaveta e devolvo a saudade, ou se se jogo a saudade com gaveta e tudo, ou se jogo a gaveta e deixo a saudade. Se bem que a gaveta pode servir, mas e a saudade? Tudo bem se ela não incomoda, mas se depois de descoberta ela resolve fazer gracinhas, toma uma atitude e decide roubar minha paz? Acho melhor jogar, né? Acho melhor, e acho melhor deixar a gaveta e fechá-la. Abrir às vezes pra limpar, estamos sempre sujeitos a saudades, vai que aparece alguma outra? Ou vai que essa jogada fora crie pernas, aprenda o caminho de volta e queira voltar? É, vou limpar a gaveta e deixá-la aberta, vai que...sei lá, sei lááááá.

Ingrid Braga

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