quarta-feira, 12 de dezembro de 2012


Não teve coragem de me olhar nos olhos, falar que não havia mais sentimento dentro dele, e enfim dizer adeus. Tudo era silêncio. Ele parecia não mais existir. Mas como pode? Como é que alguém consegue se matar dos dias da pessoa, da vida da pessoa, se excluir, sem nem saber se vai machucar ou felicitar, sem saber do querer da pessoa, decidindo por ela o destino dela? Isso não está errado? Claro que está errado. Mas e agora que já se foi, o que se deve fazer? Pois é, eu não sei, interrogações perturbam minha mente o dia inteiro, a noite inteira, os dias todos. A única certeza que eu tenho, é que a minha vontade de tê-lo perto dói muito.
Ingrid Braga

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